domingo, 12 de outubro de 2008

Carniça lírica

A uma máquina

Ah... Mas que imenso tédio...
Desses homens de verso raso
A caminho do parnaso
Em poesia de intermédio

Tu... te julgas ourives
Mas escreves submerso
Nos rigores deste verso
Cujo, em falta, tu não vives

Se ruminas o filé convencional
E te julgas poeta, julgas mal
Pois poeta é aquele que vê luz
Nas carnes duras dos urubus

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