segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A uma churrasqueira

Há muito cogitei ser romântico. Cogitei.

Vê aquela cunhã
Que atravessa a rua?
Já assa a carne crua
Pela manhã

Trabalha ingentemente
Vertendo lágrimas secas
Eivando, ás enxaquecas,
A labuta, minha gente.

Esquálido esqueleto mulato.
Vive por miséria os meses.
Arrebanha fregueses
Ao churrasco de gato.

Psiu...você... vê aquela cunhã?
É mulata suada, entregue ao afã.
É pobre, é feia. Mas enfim...
Eu a comeria, mesmo assim.

2 comentários:

Guilherme Toscano disse...

genial!

Anônimo disse...

Como se não bastasse genial, esse menino é também um selvagem!!! XD