sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A uma idiota que me amou

"Faire le mal pour le plaisir de le faire"
Prosper Merimée


Eu gosto de ver-te chorando,
Derramando vinho pelo manto
Branco da mesa. Co'um bando
Dos avantesmas do quebranto

A te rodear. Sou teu santo
E a mim tu rezas, ofegando
Com este bucho quase pando
De vinho barato. Teu canto

Melancólico, trás regojizo,
E eu, cruel diabo, indeciso
Penso em dar-te um alívio.

Mas a idéia foge-me à mente
E, a ti, eu desejo o quente
Inferno do eterno oblívio.

Um comentário:

Alex disse...

J'ai aimé la façon dont vous parler de la mort et la façon d'être aimé.
C'est une lourde genre de la poésie, mais j'adore le blog.

Félicitations.