Sim, senhor, sim, eu ouço, sim!
Som grave, abafado esse que vem
Sei lá de onde, Sei lá de quem.
Som sem jeito, som feio, assim!
Não é som de choro, nem de frevo.
É som de nada rastando em nada;
Um som bem quieto, de madrugada.
Um som estranho, que não descrevo.
Este som de sussurro, de arrelia,
Ainda que amiúde, vem em demasia,
Aos ouvidos franzinos do cansaço.
Desabotoa o peito de um lavrador
Este som agudo, que cheira a dor,
Som de xaxado tocado em cangaço!
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