quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Soneto

A maior heresia de toda a língua
Francesa: Esta torpe rima, míngua
De qualquer sentido ou verossimilhança,
Que só teu vil som enfastia e cansa

Qualquer poeta, digno de si mesmo.
Maldito o povo que, labutando a esmo
O seu dialeto, criou, com detreza,
Toda a idiotice e a soberba fraqueza

Dos europeus. Do germano ao godeme,
Todos comeram deste infecto alimento
Que gera, todo mês, um morto rebento

De menestréis apaixonados. Eu repito,
Sim, outra vez, eu xingo este maldito
Contigente que rimou je t'aime a poéme.

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