sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ao fantasma de Manuel Bandeira

Enquanto o fogo, quente e cru,
Das cinzas, queima-me o olhar.
Peço para que, ao menos no bar,
O senhor fique quieto. Mas tu...

Falando-me da mesma mulher,
Pergunta-me, ao som do luthier:
"É mesmo ela que você quer?"
Ó... meu amigo, meu caro...

Eu já nem sei que é querer.
Se isso mo fosse tão claro,
Se eu soubesse o que quero,

O senhor pode ter certeza
Que subiria naquela mesa
E lhe cantaria um bolero.

Nenhum comentário: